
Nós, organizações, instituições, entidades e militantes judeo-progressistas, humanistas e democratas realizamos esta declaração, porque a historia da derrota militar do fascismo tem sido contada desde o “Ocidente”, e assim tem sido aprendida pelas maiorias. Nesta historia, os Estados Unidos são o grande protagonista e por isso urge, em tempos em que as direitas mundias avançam brutalmente, que se tenha acesso a este relato histórico contrahegemônico. Neste 9 de maio estamos celebrando la vitória da Humanidade -aquela cujos pilares são os Direitos Humanos Universais- sobre o fascismo (e o nazismo) e nesta celebração, destacamos a participação fundamental e definitiva do Exército Vermelho e do povo soviético. Nunca na Historia foi mais evidente a confrontação épica entre os principios da vida e a cruel pulsão de morte. Há oito décadas, a fortaleza e o espírito de luta baseado na consciência de um povo e de um modelo de sociedade lograva a mais importante vitoria sobre a barbárie e a insensibilidade. O capitalismo imperial, herdado da Conferência de Berlim de 1884, em que os países colonialistas repartiram o mundo levou às duas Guerras Mundias, que significaram deslocamentos étnicos e genocidios.
Adolf Hitler não foi apenas produto da reação ultradireitista alemã. Antes do início da Segunda Guerra Mundial Benito Mussolini, Francisco Franco e Oliveira Salazar já haviam implementado suas políticas repressivas na Italia, Espanha e Portugal. Em quase toda a Europa Oriental (Polonia, Hungria, Romenia, Bulgária, países bálticos) e Finlandia existiam regimes autoritários com políticas antissemitas. A luta contra o avanço da URSS e do socialismo foi o motivo por trás do qual as principais potências ocidentais da época não se opuseram à invasão nazista da Austria e da Tchecoslováquia em 1938; estes fatos que finalmente desaguaram na invasão da Polonia em 1939 marcaram o inicio da Segunda Guerra Mundial. A Batalha de Stalingrado (julho de 1942 a fevereiro de 1943) mudou o curso da Grande Guerra Patriótica –assim denominaram os soviéticos ao conflito–. A épica e heróica resistência possibilitou o início da contraofensiva que se concluiu em Berlim em 8 de maio às 23.01 hs, madrugada de 9 de maio em Moscou. Neste día o Marechal de Campo nazista Wilhelm Keitel assinou a capitulação frente ao Marechal Gueorgui Konstantínovich Zhúkov. A vitória foi posível, estruturalmente, sobre o sacrificio indescritível do povo soviético: de seus soldados e da sociedade civil que também ofereceram ao mundo o segundo Estado Socialista (recordamos a breve experiência da Comuna de París, en 1871). Na guerra morreram 54 milhões de vítimas, entre elas 6 millones de judeus; mas os nazistas também buscaram eliminar opositores políticos (socialistas, democratas, liberais, comunistas, sindicalistas), os povos Roma-Sinti, homossexuais, pessoas com necessidades especiais, etc. A União Soviética entregou a vida de 28 milhões de seus cidadãos enquanto defendia um projeto de esperança, baseado no ideal de uma sociedade melhor. E o levou a cabo –com falhas, erros e retrocessos– enquanto era vítima das mais brutais agressões imperiais provenientes do “Ocidente”. Recordamos também as valentes resistências dos partizans, civis e Justos entre as Nações que, arriscando suas vidas, salvaram milhares. Os massacres de Hiroshima e Nagasaki foram o epílogo perverso deste processo de disputas inter-imperiais. Se passaram oito décadas desde a Vitoria do Exército Vermelho que preservou a vida de centenas de milhões de pessoas. O imensurável esforço, mormente soviético, salvou o mundo da barbárie nazi-fascista. Em memória a esta saga só podemos comprometer-nos a três designios inescapáveis:
Homenajear aos que lutaram pelos valores mais sagrados da vida;
Sermos rigorosamente coerentes com seu legado;
E assumir como nossas as lutas –presentes e futuras– contra o Mal Absoluto: fascismo em todas as suas formas.
PELA DERROTA IDEOLÓGICA DEL FASCISMO.
NÃO ESQUECEMOS,
NÃO PERDOAMOS.
NO PASARÁN.
MIR ZAINEN DO
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